domingo, 24 de outubro de 2021

Osé Dudu




Seus princípios, uso e propriedades


Sabão da Costa, òsé dudu em Yorùbá, literalmente sabão negro. Òsé dudu é um sabão negro consistente, de origem africana, comum em todos os mercados populares em diversos países africanos.


Os originais são feitos de forma artesanal, com gordura animal; é pastoso e faz bastante espuma. Pode ser associado a ervas secas, especiarias, azeites, óleos, pós de vegetais, minerais, ossos de diversos animais, sangue de animais, enfim, uma infinidade de elementos que os Babalawo utilizam para as mais distintas finalidades.


Como toda a arte mágica, ao preparar o òsé dudu temos que ter cuidado ao misturar os ingredientes para que possamos alcançar os melhores resultados, devemos com atenção conhecer previamente a potência de cada elemento, para então sabermos que reunidas produzirão os efeitos desejados.


Para esses resultados que esperamos, não é suficiente apenas misturar os elementos. Todo sabão preparado só atingirá seus objetivos for, após a sua finalização, imantado pela poderosa energia do Òrisá que você deseja, o Asé.


A observância da luz solar e da energia lunar fazem a diferença. Ao prepararmos o òsé dudu, devemos seguir as indicações como dia, hora, etc, pois ao obedecermos ás indicações estaremos contribuindo e muito com o sucesso da realização da finalidade a que se destina.”


Texto extraído do livro «O uso mágico e terapêutico do Sabão da Costa» de Fernandez Portugal Filho – Rio de Janeiro, 2011 – Editora Cristális


Sabão da Costa (òsé dudu), preparado artesanalmente e segundo a tradição Yorùbá, para os seguintes fins:


– Limpeza e descarrego;


– Quebra e descarrego forte de energias negativas (magias, invejas, espíritos do astral inferior…);


– Prosperidade, sorte, atração de boas energias e abertura de caminhos;


– Calma, equilíbrio, tranquilidade, paz, sono tranquilo;


O sabão da Costa é de origem da Costa do golfo da Guiné, na África, sendo que lá seu nome é Osé Dudu. É usado em rituais tanto na África como no Brasil nos Cultos Afro-Brasileiros, nos banhos e também para lavar todo o material ritualístico como quartinhas, ferramentas, jóias.


Tem por finalidade tirar toda e qualquer energia deixada por quem manuseou anteriormente esses objetos.


O sabão tem por função a limpeza do corpo físico e da aura e especialmente de sua camada mais próxima ao corpo físico, retirando larvas astrais e miasmas. Além de ser usado para o descarrego, pois promove uma profunda limpeza corporal,

Utilizado antes de dormir, seu banho propicia uma limpeza profunda, descarregando os maus fluídos adquiridos durante o dia, obtendo assim um sono tranqüilo.


É um sabão sólido, de cor pardo-escura tendendo ao preto e o

Perfume amadeirado, feito com ervas.


Relatos indicam que seu uso vem desde a época de 1620,quando já era importado para o Brasil, pois era o preferido dos escravos e libertos. Ele era oriundo de uma área entre Gana e Camarões, principalmente da Nigéria, da República do Benim e do Togo.




Afosé: (Òsè Dúdú)

 


Procedimento do tratamento:

É recomendado efetuar o tratamento assim que acordar.

Use o Sabão africano no corpo e cabeça, enxague normalmente.

Misture o Atín Asé ( pó do poder ) em água do chuveiro, entre dentro de uma bacia para que não desça ralo a baixo, jogue aos poucos, cabeça a baixo, pedindo ao Orisá Orí tudo o que você precisa no momento. Tire o excesso do banho com as mãos.

Segue-se levemente, vista roupas limpas e claras.

Recolha o resto do banho que ficou na bacia em um recipiente e despache em pé de árvore bem frondosa ou na própria terra fora do seu quintal.

Entre em preceitos de abstinência enquanto estiver executando o tratamento, acabou o período do tratamento acabou o preceito de abstinência.





Exu Odara


 


Exu Odara: 


                   Invocado no ritual do padê. Providencia a comida e a bebida a todos, é benéfico, não gosta de bebida alcoólica, aprecia mel e vinho; gosta de branco, mas usa vermelho e preto. É ele quem nos dá a fortuna, aquele que guia (mostra o caminho, vai na frente).: Invocado no ritual do padê. 


Providencia a comida e a bebida a todos, é benéfico, não gosta de bebida alcoólica, aprecia mel e vinho; gosta de branco, mas usa vermelho e preto. 


É ele quem nos dá a fortuna, aquele que guia (mostra o caminho, vai na frente).




Qualidades do Orixa Exú

 



Qualidades do Orixa Exú



Meus irmãos de religião, nosso objetivo é trazer informações a cerca de diversos assuntos.

Não podemos aqui falar de um único Axé. 

Não seria ético afirmar que se trata de material de um ou de outro Axé ou querer apontar um único caminho, presumivelmente correto.

Podem haver diferenças entre o exposto aqui e aquilo que é feito/dito ou praticado no seu Axé. 

Por isso indico que procure se certificar destas informações na sua Casa com seus mais velhos.

O diferente não é errado, só diferente. Axé, Tomeje.

Exu Aflekete: Exu de origem fon que acompanha o Odú Ogbedi.

Exu Àgbá: O ancestral, epíteto referente a sua antiguidade. 
Pai-ancestral (representação coletiva de todos os Exus individuais).

Exu Agabanikpe: Este Exu fica dentro de dois alguidares emborcados.

Exu Agbo: O guardião do sistema divinatório de Orunmila.

Exu Agomeje: Acompanha o Odú Ogundawónrin.

Exu Aiyangi Elufé: É um Exu da Terra Dassá, também chamado Kpoli. 
Acompanha o Odú Oyekuturá.

Exu Ajelé: Este é o Exu de Ogbeyuno que se assenta num jacaré empalhado.

Exu Ajonan: Tinha seu culto forte na antiga região Ijexá.

Exu Akpelejo: Guardião do Odú Ejiogbe.

Exu Akesan: Exerce domínios sobre os comércios. É o que fala pelos Jogos de Ifá; traz as respostas dos Orixás ao Bàbáláwo.

Exu Alagbana: Acompanha o Odú Oturukponbirete.

Exu Alaketu: É o Exu dono do dinheiro, também é um título dado a Exu pelos Ketu da Bahia – Rei do povo Ketu. Veste branco, vermelho e azul escuro. 
Acompanha o Odú Owónrinturá.

Exu Alamibará: Acompanha o Odú Ogbetuá.

Exu Aluwonan: Este é um Exú muito velho e poderoso, é servidor de Segbo Lisa (Obatalá para os fon) e se assenta com uma pedra recolhida numa mata. Acompanha o Odú Ireteunfá.

Exu Arerebi Oke: Acompanha o Odú Ogbewórin.

Exu Ararikoko: Acompanha o Odú Oturawonrin.

Exu Ariwo: Acompanha o Odú Ogundadio.]

Exu Arudá: Acompanha o Odú Oxegundá.

Exu Axikpelu: Acompanha o Odú Ofunyeku.

. Exu Awala Boma: Acompanha o Odú Otura Meji. 
Este Elegbara chegou à Terra ao cair da noite, num pé de seiva.

Exu Bara: O rei do corpo (obá + ara), princípio de vida individual.

Exu Bauwáiye: Acompanha o Odú Oxeyeku.

Exu Beleke: Acompanha o Odú Ogbetuá.

Exu Betimé: Acompanha o Odú Okanranlobe.

Exu Elebó ou Eleru: É o senhor das oferendas, o portador e mensageiro. É sempre o primeiro a ser invocado. Veste preto e vermelho, é o dono do dendê; é ele quem carrega o dendê na peneira.

Exu Elegbára: Senhor do poder.

Exu Eledu: Estabelece seu poder sobre as cinzas, carvão e tudo que foi petrificado.

Exu Elérú: Senhor do transporte do Carrego (Erú).

Exu Elu: Regula o crescimento dos seres diferenciados.

Exu Emere: Este Exu chegou a Terra acompanhado pelo Odú Ogbeyeku, e por Oxumarê.

Exu Enú-Gbárijo: Explicitador de mensagens.

Exu Enúgbanijo: É o dono da boca, aquele que fala e traz as respostas nas consultas ao Oráculo, nessa forma Exu passa a falar em nome de todos os Orixás.

Exu Gbaketa: O terceiro elemento, faz alusão ao domínios do Orixá e ao sistema divinatório.

Exu Gbodé: Este é o Exu que acompanha Egun. Acompanha o Odú Oyeko-Meji.

Exu Gogo:
Este caminho de Exu *Divino Executor*. 

É conhecido também como o Exu responsável peta recompensa divina a todos os atos dos seres humanos (e também dos seres espirituais). 

Exu Gogó conhece todas as nossas reencarnações estende sua ação através destes diversos ciclos encarnatórios. 

Aquilo que costumamos chamar lei do retomo é exatamente a função do exu Gogó fazer este retorno acontecer: O bem recompensado com o bem; o mal recompensado com o mal. 

Dentro destas atribuições de cobrança espiritual e material encontra-se sempre a chance de todos se arrependerem, pagarem por seus erros e tomarem um outro ritmo de vida. 

Quando isto não acontece numa vida, poderá ser resgatado numa próxima encarnação.

Oriki:
EXÚ GOG Ó O, ORI MI MA JE NKO O. EX Ú GOGO O, OR Í MA JE NKO O. EB LOWO RE GOGO? O OKAN LOWO EX Ú GOG Ó BABA AWO. AXÉ.
Tradução:
Divino Mensageiro do Pleno Pagamento guie minha cabeça para o pleno caminho. Divino Mensageiro do Pleno Pagamento guie minha cabeça para o reto caminho. Quanto tu estas pedindo para o Divino Mensageiro do Pleno Pagamento? O Divino Mensageiro do Pleno Pagamento, o Pai do Mistério, está pedindo por um centavo. Que assim seja.

Exu Ikoto: Faz referência ao elemento ikoto que é usado nos assentos esse objeto lembra o movimento que Exu faz quando se move do jeito de um furacão.

Exu Itokí: Este Exu veio à Terra na companhia de Nanã. Acompanha o Odú Oyekuiwori.

Exu Katero: Exu que acompanha o Odú Ogbesá.

Exu do Lodo: Senhor dos rios, função delicada dado a conflitos de elementos.
Exu Laboni: Exu que toca a porta dos Orixás.

Exu Lalu: Exu dos caminhos de Oxalá. Não deve beber cachaça e nem dendê. Veste-se de branco. Vem, também para outros orixás. Tem muitos filhos.

Exu Loko: Por ser assexuado, tende ao masculino simbolizando virilidade e procriação.

Exu Lalu: Acompanha o Odú Ogbetuá.

Exu Laróyè: É astuto e gosta de provocar brigas.

Exu Larufá: Este Exu é assentado num boneco com dois corpos unidos pelas costas, sendo um do sexo masculino e o outro do sexo feminino. Ambos têm que ter os órgãos sexuais muito bem definidos. Acompanha o Odú Oyekubefun.

Exu Lona: É o Exu das porteira dos barracões, vigiando os caminhos. Traz os clientes e a fartura. Usa vermelho, preto e azul arroxeado.

Exu Mabinú: Acompanha o Odú Ikaiwori.

Exu Madubela: Elegba de duas caras que é talhado no cedro e assentado sobre um otá. Acompanha o Odú Ofungundá.

Exu Maleke: Tinha seu culto forte na antiga região Ijexá.

Exu Marabo: Aspecto de Exu onde cumpre o papel de protetor Ma=verdadeiramente, Ra=envolver, bo=guardião. Também chamado de Barabo= esu da proteção, não confundi-lo com seu Marabô da religião Umbandista.

Exu Marimaye: Acompanha o Odú Oyekuturupon.

Exu Mowani:  Acompanha o Odú Owónriowori.

Exu Nangbe: Acompanha o Odú Oxerosun.

Exu Ní: Exu que possui duas caras. Acompanha o Odú Ogbetrupon.

Exu Obá: É o Rei de todos os Exus.

Exu Obakere: Acompanha o Odú Ogbetuá.

Exu Obaranke: Acompanha o Odú Ogbeate.

Exu Obasin-Layê: Este Exu é escravo de Oduduwa e vive dentro de uma cabaça que se coloca dentro de um alguidar.

Exu Odara: Invocado no ritual do padê. Providencia a comida e a bebida a todos, é benéfico, não gosta de bebida alcoólica, aprecia mel e vinho; gosta de branco, mas usa vermelho e preto. É ele quem nos dá a fortuna, aquele que guia (mostra o caminho, vai na frente).

Exu Oduso: Quando faz a função de guardião do jogo de búzios.

Exu Oguiri Oko: Ligado aos caçadores e ao culto de Orunmila Ifá.

Exu Ojìse-ebo: Encarregado e transportador das oferendas, mensageiro.

Exu Olobé: Este Exu é o dono das facas, é ele que separa as frações de substâncias para formar outros seres. Muito semelhante a Ogum Xoroque, anda pelas madrugadas, sempre procurando os profanadores de oferendas postas, sua cor é o azul arroxeado. Ele é o axogun e sacerdote, sacrificador da sociedade das Yámí Àjé.

Exu Olojo: Acompanha o Odú Oturagundá.

Exu Oloni Iyumi: É aquele que vive dentro do jacaré sagrado. Pertence ao Odú Ogbeyonu.

Exu Onan: Referencia aos bons caminhos, a maioria dos terreiros o tem, seu fundamento reza que não pode ser comprado nem ganhado e sim achado por acaso.

Exu Opin:
É o Exu que deve ser evocado sempre que queremos estabelecer um local como sagrado. É ele quem faz a demarcação dos limites que separam o espaço sacralizado do espaço comum. Fazem-se uma construção qualquer e nela queremos instalar os nossos assentamentos de Orixás, além de evocar o exu do nosso caminho pessoal será necessário pedir a Exu Opin que aceite uma oferenda para consagrar o lugar. A partir daquele local deve passar a ser usado exclusivamente para fins religiosos, e deve haver uma separação bem nítida entre este espaço e o espaço livre para a circulação.
No caso de se colocar, por exemplo, um assentamento dentro de casa, é aconselhável colocá-lo sobre uma esteira e, se possível cercar em volta com uma outra esteira. Sempre pedindo a exu Opin para sacralizar o ambiente, não importa a localização ou tamanho. Isto é válido, também, para os ambientes ritualísticos estabelecidos ao ar livre.

Exu Ori Omonifá: Acompanha o Odú Iwori Meji.

Exu Oro: é o responsável pela transmissão do poder através da fala. 

Ele é quem dá para os sacerdotes e sacerdotisas o poder de acionar as forças espirituais através das evocações sagradas: preces, encantações, cânticos.

 Existem algumas palavras de grande axé usadas nos rituais sagrados que muitas vezes não se conhece a tradução. Elas funcionam como códigos para abrir certos portais do mundo Invisível (Orun), acionando o poder para transformar nossas vidas. 

Somente Exu Oro conhece estes segredos, e somente ele pode dar a autorização necessária para entrarmos nestes mistérios.

Oriki: Exu Oro ma ni ko. Exu Oro ma ja ko. Exu Oro Tohun tire site. Exu Oro Ohun Otohun ni ima wa kiri. Axé
Tradução:
O Divino Mensageiro do Poder da Palavra causa confronto. Divino Mensageiro do Poder da Palavra não me cause confronto. O Divino Mensageiro do Poder da Palavra tem a voz do poder. O Divino Mensageiro do Poder da Palavra tem uma voz que ressoa por todo o Universo.
Que assim seja (axé).

Exu Woro: Vem da cidade com o mesmo nome.

Exu Sigidi: Provocador de brigas, Exu diretamente responsável pelo ataque noturno em sonhos e causador de mortes nesse estado. 

Exu Tiriri: Acompanha Ogum pelas estradas. Usa vermelho ou todas as cores. Esta sempre nas porteiras e caminhos. Possui grande força e domina a magia.

Exu Xiki: Exu que acompanha o Odú Ogbesá.

Exu Yangi (Também chamado de Igbáketa Baraketu obá): É o mais velho, a primeira forma a surgir no mundo. 

É o dono do poder dinâmico, do processo de multiplicação dos seres. 

Está ligado tanto ao ancestral masculino como ao feminino. Carrega padoiyran, cabaça da existência que contém a força de se propagar. Companheiro inseparável de Ogum a ponto de serem confundidos. veste branco, vermelho e o azul escuro. Come bichos machos e fêmeas. 

Pedra vermelha de laterita, primeira plataforma existente – água + terra. Conta um Itan que este Exu foi dividido em diversas partes dando origem a outros Exus.

Exu Ygelu: Associado ao wàjí, que representa o fruto da terra e por extensão o mistério oculto da vida e da multiplicação. Dele é o caracol africano. Veste azul arroxeado e as vezes o preto.

Exu Yná: É invocado no ritual do padê. É associado ao fogo e representa a força, simbolizado pelo egan, pelo pássaro e pelo ikodidé, pena vermelha do papagaio odidé.

Exu Wara:
Ele é o Exu que controla os relacionamentos Interpessoais. Ou seja: amizade, sociedade de negados, casamento, companheirismo de trabalho, vinculo familiar, fraternidade religiosa… Enfim, todos os tipos de relacionamentos só possuem um estado de plena compreensão, harmonia e verdadeira colaboração quando aprovados por EXU WARA.
Sempre que se planeja estabelecer um novo vinculo é aconselhável consular Exu Wara e, de preferência, fazer-lhe uma oferenda de apaziguamento, para que tudo possa ocorrer sempre na mais perfeita ordem, sem possibilidades de atrito, confusão, mal-entendidos, etc…
Oriki de Exu WARA:

 FONTE: http://blog.ori.net.br/?p=55#comment-38999





Orixá: Exu



Exu (orixá)

Èsù é um Orixá africano, também conhecido como:

Exu,

Esu,

Eshu,

Bara,

Ibarabo,

Legbá,

Elegbara,

Eleggua,

Akésan,

Igèlù,

Yangí,

Ònan,

Lállú,

Tiriri,

Ijèlú.


Algumas cidades onde se cultua o Exu são: Ondo, Ilesa, Ijebu, Abeokuta, Ekiti, Lagos.

História


Exu é o orixá da comunicação.


É o guardião das aldeias, cidades, casas e do axé, das coisas que são feitas e do comportamento humano.


A palavra Èsù em yorubá significa “esfera” e, na verdade, Exu é o orixá do movimento.


Ele é quem deve receber as oferendas em primeiro lugar a fim de assegurar que tudo corra bem e de garantir que sua função de mensageiro entre o Orun e o Aiye, mundo material e espiritual, seja plenamente realizada.


Na África na época das colonizações, o Exu foi sincretizado erroneamente com o diabo cristão pelos colonizadores, devido ao seu estilo irreverente, brincalhão e a forma como é representado no culto africano, um falo humano ereto, simbolizando a fertilidade.


ASSENTAMENTO DO ORIXÁ EXÚ NA ÁFRICA


Por ser provocador, indecente, astucioso e sensual é comumente confundido com a figura de Satanás, o que é um absurdo dentro da construção teológica yorubá, posto que não está em oposição a Deus, muito menos é considerado uma personificação do Mal.


Mesmo porque nesta religião não existem diabos ou mesmo entidades encarregadas única e exclusivamente por coisas ruins como fazem as religiões cristãs, estas pregam que tudo o que acontece de errado é culpa de um único ser que foi expulso, pelo contrário na mitologia yoruba, bem como no candomblé cada uma das entidades (Orixás) tem sua porção positiva e negativa assim como nós mesmos.


De caráter irascível, ele se satisfaz em provocar disputas e calamidades àquelas pessoas que estão em falta com ele.


No entanto, como tudo no universo, possui de um modo geral dois lados, ou seja: positivo e negativo. Exu também funciona de forma positiva quando é bem tratado. Daí ser Exu considerado o mais humano dos orixás, pois o seu caráter lembra o do ser humano que é de um modo geral muito mutante em suas ações e atitudes.


Conta-se na Nigéria que Exu teria sido um dos companheiros de Oduduà quando da sua chegada a Ifé e chamava-se Èsù Obasin. Mais tarde, tornou-se um dos assistentes de Orunmilá e ainda Rei de Ketu, sob o nome de Èsù Alákétú.


A palavra elegbara significa “aquele que é possuidor do poder (agbará)” e está ligado à figura de Exu.


Um dos cargos de Exu na Nigéria, mais precisamente em Oyó, é o cargo denominado de Èsù Àkeró ou Àkesán, que significa "chefe de uma missão", pois este cargo tem como objetivo supervisionar as atividades do mercado do rei.


Exu praticamente não possui ewós ou quizilas.


Aceita quase tudo que lhe oferecem.

Os yorubás cultuam Exu em um pedaço de pedra porosa chamada Yangi, ou fazem um montículo grotescamente modelado na forma humana com olhos, nariz e boca feita de búzios.


Ou ainda representam Exu em uma estatueta enfeitada com fileiras de búzios tendo em suas mãos pequeninas cabaças onde ele, Exu, carrega diversos pós de elementais da terra utilizados de forma bem precisa, em seus trabalhos.


Exu tem a capacidade de ser o mais sutil e astuto de todos os orixás. E quando as pessoas estão em falta com ele, simplesmente provoca mal entendidos e discussões entre elas e prepara-lhes inúmeras armadilhas. Diz um orìkì que: “Exu é capaz de carregar o óleo que comprou no mercado numa simples peneira sem que este óleo se derrame”.


E assim é Exu, o orixá que faz: O erro virar acerto e o acerto virar erro.


Èsù Alákétú possui essa denominação quando Exu, através de uma artimanha, conseguiu ser o Rei da região, tornando-se um dos Reis de Ketu. Sendo que as comunidades dessa nação no Brasil, o reverenciam também com este nome.


Todos os assentamentos de Exu possuem elementos ligados às suas atividades. Atividades múltiplas que o fazem estar em todos os lugares: a terra, pó, a poeira vinda dos lugares onde ele atuará. Ali estão depositados como elemento de força diante dos pedidos.


Brasil


Exu.

No Brasil, no candomblé, Exu é um dos mais importantes Orixás e sempre é o primeiro a receber as oferendas, as cantigas, as rezas, é saudado antes de todos os Orixás, antes de qualquer cerimônia ou evento.


O Exu Orixá não incorpora em ninguém para dar consultas como fazem os Exus de Umbanda, eles são assentados na entrada das casas de candomblé como guardiões, e em toda casa de candomblé tem um quarto para Exu, sempre separado dos outros Orixás, onde ficam todos os assentamentos dos exus da casa e dos filhos de santo que tenham exu assentado.


É astucioso, vaidoso, culto e dono de grande sabedoria, grande conhecedor da natureza humana e dos assuntos mundanos daí a assimilação com o diabo pelos primeiros missionários que, assustados, dele fizeram o símbolo da maldade e do ódio. Porém " … nem completamente mau, nem completamente bom … ", na visão de Pierre Verger no texto de sua autoria "Iniciação" - contido no documentário "Iconografia dos Deuses Africanos no Candomblé da Bahia", Exu reage favoravelmente quando tratado convenientemente, identificado no jogo do merindilogun pelo odu okaran.



Sacrifício para Exu.

Exu recebe diversos nomes, de acordo com a função que exerce ou com suas qualidades: Elegbá ou Elegbará, Bará ou Ibará, Alaketu, Agbô, Odara, Akessan, Lalu, Ijelu (aquele que rege o nascimento e o crescimento de tudo o que existe), Ibarabo, Yangi, Baraketu (guardião das porteiras), Lonan (guardião dos caminhos), Iná (reverenciado na cerimônia do padê).


A segunda-feira é o dia da semana consagrado a Exu.


Suas cores são o vermelho e o preto; seu símbolo é o ogó (bastão com cabaças que representa o falo); suas contas e cores são o preto e o vermelho; as oferendas são bodes e galos, pretos de preferência, e aguardente, acompanhado de comidas feitas no azeite de dendê.


Aconselha-se nunca lhe oferecer certo tipo de azeite, o Adí, por ser extraído do caroço e não da polpa do dendê e portar a violência e a cólera. Sua saudação é "Larôye!" que significa o bem falante e comunicador.


Na nação de angola ou candomblé de Angola Exu recebe o nome de Aluvaiá, Bombo Njila, Pambu Njila, e Legbá, no Candomblé Jeje.


Não deve ser confundido com a entidade Exu de Umbanda.


Exu na Umbanda


Exu na Quimbanda


Bará no Batuque


Exu no Xambá


 

                                 Cuba




                          Assentamento de Elegguá.


Em Cuba é chamado de Elegua ou Elegguá ou Eleggua.


É uma das deidades da religião yorùbá. Na Santeria é sincretizado com o Santo Niño de Atocha ou com Santo Antônio de Pádua. É o porteiro de todos os caminhos, da montanha e da savana, é o primeiro dos quatro guerreiros junto a Oggun, Osun e Oshosi.


Tem 201 caminhos e suas cores são o vermelho e o preto e seus números são 3 e 7. É o comunicador e Ifá lhe deu três búzios para falar com ele. Ele está presente no inicio da vida, e na hora da morte.


                                               Haiti

Veve de Papa Legba.No Vodou haitiano é chamado de Papa Legba.

Veve de Papa Legba.


É o intermediário entre o loa e à humanidade. Ele está em uma encruzilhada espiritual e dá (ou nega) permissão para falar com os espíritos de Guinee, e acredita-se que fale todos os idiomas humanos. Ele é sempre o primeiro e o último espírito invocado em qualquer cerimônia.


                                           Exú Elegbará



                              Èsù ou Elégbára- Èsu na África


Exú é um Orixá ou um ebora de múltiplos e contraditórios aspectos, o que o torna muito difícil de defini-lo de maneira coerente.


De caráter eras cível, ele gosta de suscitar dissensões e disputas, de provocar acidentes e calamidades públicas e privadas.


É astucioso, grosseiro, vaidoso, indecente, a tal ponto que os primeiros missionários assustados com essas características, compararam-no ao Diabo, e dele fazendo símbolo de tudo o que é maldade, perversidade, objeção, ódio, oposição á bondade, á pureza, á elevação e do amor á Deus.


Entretanto, Exú possui o seu lado bom e, se ele é tratado com consideração, reage favoravelmente, mostrando-se serviçal e prestativo. Se, pelo contrário, as pessoas esquecerem de lhe oferecer sacrifícios e oferendas, podem esperar todas as catástrofes.


Exú revela-se, talvez, por essa maneira, ser o mais humano dos Orixás, nem completamente bom, nem completamente ruim.


Ele tem as qualidades dos seus defeitos, pois é dinâmico e jovial, constituindo-se assim, um Orixá protetor, havendo mesmo pessoas na África que usam orgulhosamente nomes como : Èsùbíuìí ( conhecido por Exú), ou Èsùtósìn ( Exú merece ser adorado) (1).


Como personagem histórica, Exú teria sido um dos companheiros de Odùdùa, quando da sua chega em Ifé,e chamava-se Èsù Obasain. Tornou-se, mais tarde, um dos assistentes de Orunmilá, que preside a adivinhação pelo sistema de Ifá. Segundo Espega, Exú tornou-se rei de Kêto sob o nome de Èsù Alákétu.


É Exú que supervisiona as atividades do mercado do rei em cada cidade: o de Oyò é chamado de Èsù Akesam.


Como Orixá, diz-se que ele veio ao mundo comum porrete chamado, ogò, que teria a propriedade de transporta-lo, em algumas horas á centenas de quilômetros e atrair,por poder magnético, objetos situados em distâncias igualmente grande.


Exú é o guardião dos templos, das casas, das cidades e das pessoas. E também ele serve de intermediário entre os homens e os deuses. Por essa razão é que nada se faz sem ele e sem que oferendas lhe sejam feitas, antes de qualquer outro Orixá, para neutralizar as suas tendências e provocar mal-entendidos entre os seres humanos e em suas relações com os deuses e, até mesmo dos deuses entre si.


Exú teve numerosas brigas com os outros Orixás, nem sempre saindo vencedor.


Certas lendas me contam que seus sucessos e seus reverses nas suas relações com Oxalá, ao que fez passar alguns maus momentos, em vingança por não haver percebido certas oferendas, quando Oxalá foi enviado por Olodumaré, que é o Deus Supremo, para criar o mundo.


Exú uma sede tão intensa que Oxalá bebeu vinho palma em excesso, com conseqüências desastrosas, como veremos. Teremos oportunidade, também, de ver como Exú foi responsáveis pelos transtornos de que o mesmo Oxalá foi objeto quando certa vez foi visitar XangÔ.


Por outro lado, em lendas publicadas numa obra (2), narra-se que houve uma disputa entre Exú e o Grande Oxalá, para saber qual dos dois era mais antigo e, em conseqüência o mais respeitado.


Oxalá provou a sua superioridade durante um combate cheio de peripécias, a fim de que ele apoderou-se da cabacinha que encerra o poder de Exú, transformou-se em seu servidor.


Durante uma competição da mesma natureza entre Exú e Obaluayê (3) este último saiu igualmente vencedor.


O lado malfejoso de Exú é evidenciado nas seguintes histórias:


Uma delas, bastante conhecida e da qual existem numerosas variações, conta como ele semeou discórdia entre dois amigos que estavam trabalhando em campos vizinhos. Ele colocou um boné vermelho de um lado e branco do outro e passou ou longo de um caminho que separava os dois campos. Ao fim de alguns instantes, um dos amigos fez lusão ao á um homem de boné vermelho; o outro retrucou que o boné era branco e o primeiro voltou a insistir, mantendo a sua afirmação; o segundo permaneceu firme na retificação. Como ambos eram de boa fé, apegaram-se aos seus pontos de vista, sustentando-os com ardor e, logo depois, com cólera. Acabaram travando uma luta corpo a corpo e mataram-se um ao outro.


Uma outra lenda mostra Exú mais maquiavélico ainda.


Ele foi procurar uma rainha abandonada já há algum tempo por seu marido e lhe disse: ‘Trabalha-se alguns fios de barba do reio e corte-o com esta faca. Eu lhe farei um amuleto que trará o seu marido de volta’.


Em seguida Exú foi à casa do filho da rainha, que era o príncipe herdeiro. Este vivia numa residência situada fora dos limites do palácio do rei. O costume assim o determinava, afim de prevenir a tentativa de assassinato de um soberano por um príncipe impaciente para subir ao trono. ‘ O rei vai partir para a guerra’, disse-lhe ele, ‘ e pede o seu comparecimento esta noite ao palácio, acompanhado dos seus guerreiros’. Finalmente Exú foi ao rei e disse-lhe: ‘ A rainha magoada por sua frieza, pretende mata-lo para se vingar.Cuidado com esta noite’.


E a noite veio. O rei deitou-se, fingiu dormir e viu, logo depois arainha aproximar-se com uma faca de sua garganta. O que ela queria era cortar o fio da barba do rei, mas ele julgou que ela desejava assassina-lo. Orei desarmou-a ambos lutaram, fazendo grande algazarra.


O príncipe, que chegava ao palácio com os seus guerreiros, escutou gritos no aposento do rei e correu para lá. Vendo o rei com uma faca na mão, o príncipe pensou que ele queria matar a sua mãe. Por outro lado, o rei, ao ver o filho penetrar nos seus aposentos, no meio da noite, armado e seguido por seus guerreiros, acreditou que eles desejam assassina-lo.


Gritou por socorro. A sua guarda o acudiu e houve uma grande luta, seguindo de massacre generalizado.


Uma história mais simples, mostra a atividade de Exú na vida cotidiana: uma mulher se encontrava no mercado vendendo os seus produtos. Exú põe fogo na sua casa, ela corre para lá, abandonado o seu negócio.


A mulher chega tarde, a sua casa está queimada e, durante esse tempo, um ladrão levou as suas mercadorias.


Nada disso teria acontecido, nem os amigos teriam brigado, nem o rei e o príncipe teriam se massacrado, ne ma vendedora teria se arruinado se tivessem feito á Exú as oferendas e os sacrifícios usuais.


O lugar consagrado á Exú entre os iorubás é constituído de: um pedaço de pedra poderosa, chamada Yangi, ou por um montículo de terra grosseiramente modelado na forma humana, com olhos, nariz e boca assinalados com búzios; ou então ele é representado por um estátua, enfeitada com fileira de búzios, tendo em suas mãos pequenas cabaças (àdó), contendo os pés por ele utilizados em seus trabalhos. Seus cabelos são presos numa longa trança, que cai para traz e forma, em cima, uma crista para esconder a laminada faca que ele tem no alto do crânio. Isso por sinal, é dito em uma das suas sudações:


‘Sonso abe kò lòri erù’


[‘A lâmina (sobre a cabeça) é afiada ele não tem cabeça para carregar fardos’]


Para Exú são oferecidos bodes e galos, pretos de preferência, e pratos cozidos em azeite de dendê (epo), porém nunca se deve lhe oferecer o óleo branco (adi), que é extraído das amêndoas contidas nos caroços de dendê.


Este àdí tem a reputação de ser ‘ cheio de violência e cólera’. Dizem que uma boa maneira de se vingar de um inimigo consiste em derramar sobre a estátua de Exú esse óleo, fervendo de preferência, declarando em voz alta que essa oferenda é feita pela pessoa desprezada. Exú então não lhe deixaria pregar uma peça.


Os elégùns das cerimônias celebradas para outros Orixás.


Alguns acompanham Xangô e trazem nas costas uma tralha curiosa, onde se encontram, em desordem, duas ou três estatuetas de Exú, fieiras de búzios, pentes, espelhos e as indispensáveis cabacinhas que se realizam a cada quatro dias,para Ogum, na região de Holi. No decorrer de suas danças, trazem sempre na mão ògo, bastão de forma fálica.


Exú pode fazer coisas extraordinárias como as que se exprimem nos seus oríkì, os louvores tradicionais.


“Exú fez o erro virar acerto e o acerto virar erro ”.


“É numa peneira que ele transporta o azeite que ele compra no mercado; e o azeite não escorre dessa estranha vasilha”.


“Ele matou o pássaro ontem, com uma pedra que atirou somente hoje. Se ele se zanga, pisa numa pedra e ela põe-se a sangrar.”


“Aborrecido, ele senta-se na pele de uma formiga”


“Sentado a sua cabeça bate no teto; de pé, não atinge a altura de um fogareiro”.


Légba


Entre os fon e os daomé, Èsù-Elégbára tem o nome de Légba. Ele é representado por um montículo de terra em forma de um homem acocorado, ornado de um falo de tamanho respeitável. Esse falo ereto,nada mais é do que a afirmação do seu caráter truculento, atrevido e sem vergonha e de seu desejo de chocar o decoro.


Os Légba, guardiões dos templos de Hevioso, vodun do trovão, e de Sapata, vodun equivalente a sànpònnádos iorubás,manifestando-se através de Légbasi, equivalentes a Olúpòna, durante as cerimônias celebradas por este vodun. Os légbase vestem-se com uma saia de ráfia de cor roxo e usam a tira colo inúmeros colares de búzios. Debaixo da sua sai, trazem, disfarçados, um volumoso falo de madeira que levantam, de vez em quando, com mímicas eróticas. Além disso, têm na mão uma espécie de espanta-mosca roxo, semelhante a um espanador, no qual está escondido um bastão escondido em forma de falo, que eles agitam de forma engraçada,na cara das pessoas presentes, particularmente no nariz dos turistas, pois os légbasi não deixam de observar seus sentimentos ambivalentes diante dessas exibições .


Exú no Nono Mundo


No Brasil, como em Cuba, Exú foi sincretizado como Diabo. Não inspira porém, grande terror, pois sabe-se que, quando tratado convenientemente, ele trabalha para o bem, quer dizer, pode ser enviado para fazer mal as pessoas más ou áquelas que nos prejudicam, ou ainda, áquelas nos causam ressentimentos.


Chamam-no, familiarmente de ‘Cumpadre’ ou o ‘Homem das Encruzilhadas’ pois é nesses lugares que se depositam de preferência, as oferendas que lhe são destinadas.


Poucas pessoas lhe são abertamente consagradas em razão desse suposto sincretismo com o Diabo. A tendência, logo que se manifesta é de acalma-lo e de fixa-lo, oferecendo-lhe sacrifícios e procedendo a iniciação da pessoa interessada em proveito do seu irmão Ogum, com o qual Exú divide um caráter violento e arrebatador.


O lugar consagrada a Exú é, geralmente, ao ar livre ou no interior de uma pequena choupana isolada ou ainda, atrás da porta de casa. É simbolizado por um tridente de ferro, plantado sobre um montículo de terra e, algumas vezes, por uma imagem, igualmente de ferro, representando o Diabo Brandindo o tridente.


A segunda-feira é o dia da semana consagrado a ele. As pessoas que procuraram a sua proteção de colares de contas pretas e vermelhas. As oferendas, de animais e comidas, como na África, lhe são apresentadas antes dos outros Orixás.


Diz-se na Bahia que existem vinte e um Exús, segundo uns, e apenas sete segundo outros. Alguns dos seus nomes podem passar por apelidos, outros parecem ser letras de cânticos ou fórmulas de louvores.

Eis alguns:Exú-Elegbá ou Exú-Elegbará e seus possíveis derivados: Exú-Bará,ou Exú-Ibará, Exú-Alaketu, Exú-laalu, Exú-Jelu, Exú-Akessan, Exú-Loná, Exú-Agbô, Exú- Larôye, Exú-Ina, Exú-Odara, Exú-Tiriri.


Assinalados anteriormente que, antes de realizar o ‘xirê’ dos Orixás, faz-se na Bahia, o ‘padê’ palavras que como vimos, significa em iorubá, encontro ou reunião, durante a qual Exú é chamado, saudando, cumprimentado e enviando ao além com uma dupla intenção: convocar os outros deuses para a festa e, ao mesmo tempo, afasta-lo para que não perturbe a boa ordem da cerimônia com um dos seus golpes de mau gosto.



Arquétipo


O arquétipo de Exú é muito comum em nossa sociedade, onde proliferam pessoas de caráter ambivalente, ao mesmo tempo boas e más, porém com inclinação para a maldade, o desatino, a obscenidade e a corrupção.


Pessoas que têm a arte de inspirar confiança e dela abusar, mas que apresentam em contra partida a faculdade de inteligente compreensão dos problemas dos outros e de dar ponderados conselhos, quanto maior o zelo, maior a recompensa esperada. As cogitações intelectuais enganadoras e as intrigas políticas lhes convêm particularmente e são, para elas, garantias de sucesso na vida.

1-Lucas, p.52.

2-Verger (XI), III-c

3-Epega, p.21

4-Verger (XI), XVII-bLeitura estraída do livro Orixás Deuses Iorubás na África e no Novo Mundo.Autor: Pierre Fatumbi Verger.




Esù Odara

 


Esù Odara

Iba Esù Odara

Esu Odara, inclino-me.

A Ba Ni Wa Oran Ba O Ri Da

Ele procura briga com alguém e encontra o que fazer.

O San Sokoto Penpe Ti Nse Onibode Olorun

Ele veste uma calça pequena para ser guardião na porta de Deus.

Oba Ni Ile Ketu

Rei da terra de Ketu.

Alakesi Emeren Aji E Aji E M(u) Ògùn

Aquele a quem se convida e que, tão logo acorda, toma um remédio.

A Lun ( se) Wa Se Ibini

Ele reforma Benin.

Laguna Jo Igbo Bi Orò

Laguna queima o mato como oro.

Esù Foli Fò O Fi Ókò Fo Oju Anan Re

Esu arrebenta facilmente os olhos de seus sogros com uma pedra.

Ele caminha movendo-se com altivez.

Ika Kò Boro Boro

O malfeitor não morre depressa.

Kò Là Kò Rà O Ba Ona Oja Ile Su

Ele faz com que no mercado nada se compre e nada se venda.

Agbo L Ara A Yaba Má Pa ( Mo) Abemu

Agbo faz com que a mulher do rei não cubra a nudez de seu corpo.

O Se Firi Oko Ero Oja

Ele se torna rapidamente o senhor daqueles que passam pelo mercado.

Bara Fi Imu Fon Awon Sebi Okò L O Si

Quando Bara assoa o nariz, todo mundo acredita que o trem vai partir.

Ero Palemo Wara Wara


Reza para Exu



Este ADURA é para pedir proteção a Exu e abrir nossos caminhos. Este Adurá é tão simples e lógico que é bom memorizá-la e fazer dela nossa oração diária, bastando para isso rezá-la mastigando pimenta da costa 9 (nove) se for homem e 7 (sete) se for mulher. Faça esta oração e depois cuspa para frente a pimenta mastigada na boca.


"Exu Oni bodê Orum


Oxeturá eni omo iá eni o mo babá


Ti Adi toju bi omo Elegbara iuô la pe loni uá loni i bi omo ti njé


Iá re uara nitori rogbô diã ilê aiê po jojô ogum ni uá


Ogum lehim ilê aiê ogum ojô jumo ogum


Ati iê to mu olomo ki o ma mo omo re to mu ore di otá arauom


To mu eni du ipo omo lakeji to jeki a fé oju mo nkã eni


Auá bebê fum abó re Exu Lalu uá gbô orô ati laroiê


Uá so uá babá njadê lo so uá ti a pá padá uá le uá ki ogum


Aiê ma le riuá gbe se Exu olo na onã ti Exu ba si enikã ki di uá si onã fun


Uá eniti Exu ba si onarê lo segum aiê se uani olussegum ki otá


Ma leri na gbe se eni onã re ba si pereguedê loni alafia babá orô Exu Odara da abó re bouá loni


Axé axé axé."


Tradução


Exu guardião do Orum


Oxeturá, aquele que não conhece sua mãe, aquele que não conhece seu pai


Mas que recebeu todo cuidado de Adi, O dinâmico. É você que estamos chamando, venha nos atender hoje assim que o filho atende sua mãe


As intrigas deste mundo estão demais


A guerra está na frente, a guerra está atrás de nós


O mundo é uma guerra diária A guerra de sobrevivência


Que fez os pais desconhecerem seus filhos Que fez os amigos virarem inimigos Que fez pessoas tomarem o lugar dos outros


Que fez com que colocassem olho grande em nossas coisas Nós estamos pedindo a sua proteção Exu, o ouvidor, Venha ouvir nossas palavras e reivindicações


Proteja-nos ao sairmos de casa Proteja-nos ao voltarmos para casa, que a guerra deste mundo não consiga nos vencer Exu o dono dos caminhos


O caminho que Exu abre ninguém é capaz de fechar, venha abrir nossos caminhos


Aquele a quem Exu abrir os caminhos será o vencedor na guerra da vida Faça de nós vencedores Que o inimigo não consiga nos vencer


Aquele que tem seus caminhos abertos Terá saúde, o pai de todas as riquezas Exu o imprevisto venha a nos proteger hoje com todas as forças axé.


Reza para Exu


Este ADURA é para pedir proteção a Exu e abrir nossos caminhos. Este Adurá é tão simples e lógico que é bom memorizá-la e fazer dela nossa oração diária, bastando para isso rezá-la mastigando pimenta da costa 9 (nove) se for homem e 7 (sete) se for mulher. Faça esta oração e depois cuspa para frente a pimenta mastigada na boca.


"Exu Oni bodê Orum


Oxeturá eni omo iá eni o mo babá


Ti Adi toju bi omo Elegbara iuô la pe loni uá loni i bi omo ti njé


Iá re uara nitori rogbô diã ilê aiê po jojô ogum ni uá


Ogum lehim ilê aiê ogum ojô jumo ogum


Ati iê to mu olomo ki o ma mo omo re to mu ore di otá arauom


To mu eni du ipo omo lakeji to jeki a fé oju mo nkã eni


Auá bebê fum abó re Exu Lalu uá gbô orô ati laroiê


Uá so uá babá njadê lo so uá ti a pá padá uá le uá ki ogum


Aiê ma le riuá gbe se Exu olo na onã ti Exu ba si enikã ki di uá si onã fun


Uá eniti Exu ba si onarê lo segum aiê se uani olussegum ki otá


Ma leri na gbe se eni onã re ba si pereguedê loni alafia babá orô Exu Odara da abó re bouá loni


Axé axé axé."


Tradução


Exu guardião do Orum


Oxeturá, aquele que não conhece sua mãe, aquele que não conhece seu pai


Mas que recebeu todo cuidado de Adi, O dinâmico. É você que estamos chamando, venha nos atender hoje assim que o filho atende sua mãe


As intrigas deste mundo estão demais


A guerra está na frente, a guerra está atrás de nós


O mundo é uma guerra diária A guerra de sobrevivência


Que fez os pais desconhecerem seus filhos Que fez os amigos virarem inimigos Que fez pessoas tomarem o lugar dos outros


Que fez com que colocassem olho grande em nossas coisas Nós estamos pedindo a sua proteção Exu, o ouvidor, Venha ouvir nossas palavras e reivindicações


Proteja-nos ao sairmos de casa Proteja-nos ao voltarmos para casa, que a guerra deste mundo não consiga nos vencer Exu o dono dos caminhos


O caminho que Exu abre ninguém é capaz de fechar, venha abrir nossos caminhos


Aquele a quem Exu abrir os caminhos será o vencedor na guerra da vida Faça de nós vencedores Que o inimigo não consiga nos vencer


Aquele que tem seus caminhos abertos Terá saúde, o pai de todas as riquezas Exu o imprevisto venha a nos proteger hoje com todas as forças axé.





sábado, 16 de outubro de 2021

Iya Esu

 




Esu, sempre o primeiro

* Laaroye!

Iya Esu, personificação de Esu.

Na Nigéria, essa poderosa sacerdotisa é chamada “a personificação de Esu”. Ela é a 6ª geração de sacerdotes de Esu em sua família.

Orisa Esu é uma das quatro divindades iorubas primordiais criadas pelo Supremo Deus Eledunmare com o objetivo de civilizar a humanidade com as virtudes da ordem, disciplina, organização, comunicação e paciência. 


Orisa Esu conhece a “história” de toda a civilização e de todos os outros Orisa, por isso sempre o invocamos para mediar primeiro com o orisa que rezamos, porque só ele sabe como abordar todos eles e alcançar o melhor possível resultado.

Personificar Orisa Esu significa possuir o melhor caráter, ser paciente e funcional, ter a disciplina e a persistência para alcançar todos os objetivos importantes da vida. 


Significa a capacidade de criar ordem a partir do caos - em nossa mente, em nossos relacionamentos e em nosso ambiente.

(* a saudação espiritual para Orisa Esu)

Texto: Baba King - Sacerdote do Oduduwa Templo dos Orixás 

Tradução: Odelobi Cristian Osoosi 

Fonte: Página Oduduwa Europa

Foto: Tina Ramujkić Fotografia




Exú não é diabo !

  Satanás tem vinte e dois nomes na Bíblia.  Os seus nomes são: 1. Lúcifer (Isaías 14,12). Este é o nome de Satanás antes da sua queda, que ...